Em Michael de Foucault, filósofo Francês, temos a construção do pensamento da sexualidade ao longo da história. Desde o século XVIII, uma palavra norteava a sexualidade, eis a “repressão” de forma que as sensações que sentimos não são aceitas, educadas e orientadas, como algo positivo, mas negativo.
Neste período o sexo era visto apenas como função reprodutora do casal que deveria servir de modelo para toda uma sociedade, é entendido como um perigo. Fora disso era visto como algo mal, ruim, sendo então silenciado ou até mesmo negado a sua existência. Se não se pode falar em sexo, temos então junto à repressão seguida de uma “revolução sexual”, tudo que diz respeito à sexualidade ganha “valor” no mercado atual. É certo que necessitamos falar sobre sexualidade, mas não apenas como uma coisa que deve ser tolerada, mas como algo positivo.
Primeiro a palavra Sexo é de origem romana, do verbo latino “secare” que significa separar, seccionar, cortar, por isso temos a definição de sexo como GÊNERO: Masculino ou Feminino. Porem a maioria das pessoas confunde os significados de sexo com relação sexual, ou como dizem por aí (transa). Estas diferenças não são apenas externas, mas em nível psicológico, afetivo, social, emocional. Sexo é GÊNERO. Com tudo, sexualidade então é toda a forma como a pessoa vive sua masculinidade ou feminilidade, o ser homem ou mulher, não é algo que se tem, mas que se é.
Em todos os seres sexuados o genital do masculino é distinto do feminino, genitalidade é a capacidade que o ser humano tem de concentrar o seu desejo nos órgãos genitais, sexualidade neste caso é troca, através de uma forma intima de contato, (transa) comunicação intima entre as pessoas, envolvendo emoções, sentimentos, troca de afetos.
Sendo assim, a sexualidade é algo para ser aceito, vivido em sua totalidade de forma livre, consciente e responsável.
Ir. Márcio Issler
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 1993.
MARTÍNEZ, T. P. e PASCUAL, C. P. Compreender a sexualidade para uma orientação integral. São Paulo: Paulinas, 1999.